domingo, 20 de janeiro de 2013

PV - PROGRAMA 27 ANOS

Vale a pena conhecer uma história marcada por juventude, ações e lutas a favor do meio ambiente e do desenvolvimento econômico.

http://www.youtube.com/watch?v=IUmknPQivGo&feature=youtu.be


quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

ECOTURISMO

Escrito por Deutsche Welle em . Categoria Meio Ambiente

O turismo convencional ameaça o ser humano e a natureza. Como alternativa há o ecoturismo, que visa a preservação do meio ambiente e da cultura local. Setor vem crescendo até 34% ao ano desde 1990.
O turismo de massa muitas vezes sobrecarrega uma região, tendo consequências catastróficas para o meio ambiente. A ilha espanhola Maiorca, por exemplo, sofre com a escassez de água e a construção de hotéis na costa. Tudo para atender à demanda de turistas, principalmente alemães e ingleses, que lotam as praias de areia branca do local desde a década de 1950.
Porém, existe uma alternativa à invasão de praias paradisíacas por multidões: o ecoturismo, também chamado de turismo verde ou natural. Apesar dos nomes diferentes, o conceito é o mesmo: viajar deve levar em conta a preservação do meio ambiente e do meio social, sem destruir ou modificar o destino turístico.
Consciência tranquila
"Ecoturismo é uma forma responsável de se viajar, que contribui para a preservação ambiental e o bem-estar da população local", explica Ayako Ezaki, da Sociedade Internacional de Ecoturismo (TIES, na sigla em inglês). "O destino turístico, incluindo o meio ambiente e a população local, deve se beneficiar culturalmente, economicamente e ecologicamente do turismo."
Essa forma de viajar custa, porém, mais que os pacotes tradicionais. Entretanto, ela proporciona uma consciência tranquila para quem opta por ela. Muitos turistas não se sentem bem sabendo que estão gastando vários litros de água para tomar banho, enquanto os nativos da região não têm sequer acesso à água potável para beber.
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Multidões lotam as praias de Sitges (Espanha) no verão [Foto: © David Frazier/Corbis]
Essa consciência ambiental é importante diante das mudanças climáticas. Antigamente viajar era muito caro, e poucas pessoas tinham condições de fazê-lo. Nas últimas décadas, o turismo ficou mais acessível, pelo menos para os habitantes dos países industrializados do Hemisfério Norte.
Cerca de 900 milhões de pessoas viajam pelo mundo por ano, com graves consequências para o clima e o meio ambiente. O crescimento do setor contribuiu para o rápido aumento das emissões de dióxido de carbono.
Painéis solares em hotéis
Segundo a TIES, o setor do ecoturismo vem crescendo até 34% ao ano desde 1990. Jonathan Tourtellot, do Centro de Destinos Sustentáveis da National Geographic, acredita que esse aumento está relacionado à conscientização cada vez maior sobre a importância de proteger o meio ambiente e combater as mudanças climáticas. "Além disso, destinos turísticos autênticos estão sendo cada vez mais procurados", diz.
Porém, a maioria dos ecoturistas viaja de avião e contribui, assim, para a emissão adicional de dióxido de carbono. Além disso, resorts turísticos gastam muita energia com filtros para as piscinas, ar condicionado, luz noturna – e quase tudo movido a energia gerada a partir de combustíveis fósseis. Entretanto, o turismo sustentável contribui para a redução dos danos ambientais, quando um hotel utiliza energia de fontes renováveis, por exemplo.
Belezas naturais
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Ilha de Kho Khao, na Tailândia, serve de modelo para o ecoturismo [Foto: © Richard Taylor/SOPA/Corbis]
A ilha tailandesa de Kho Khao é um projeto modelo para um novo formato de turismo. A maior parte da energia utilizada no Kho Khao Beach Resort é solar e eólica. O objetivo é reduzir a emissão de dióxido de carbono em 20%. No longo prazo, a ideia é que a ilha seja vista como um exemplo de turismo sustentável.
Ao contrário do turismo convencional, o foco do ecoturismo está na autenticidade. Os turistas não devem relaxar isolados em um hotel que mais parece um hospital de tão limpo, mas sim vivenciar as belezas naturais.
A natureza é exatamente o grande potencial de Kho Khao. A ilha abriga tartarugas marinhas, golfinhos e pássaros raros. E, para protegê-los, é extremamente necessário que o turismo se desenvolva tendo em vista a preservação do meio ambiente.
Turismo verde como modelo para o desenvolvimento
Ecoturismo não significa somente proteger o meio ambiente. O conceito também inclui questões de política de desenvolvimento. Ekazi, da TIES, explica que o ecoturismo deve contribuir para que grupos locais possam lutar contra a pobreza e se desenvolver de forma sustentável.
Além disso, os turistas devem ter a oportunidade de aprender mais sobre a cultura do país para onde viajam e interagir com a população local. "Ecoturismo não é uma via de mão única", diz Ezaki. "Apesar desses modelos estarem sendo implantados em muitos países do Hemisfério Sul, isso não excluiu os países ricos."
O Centro de Destinos Sustentáveis da National Geographic, por exemplo, trabalha em parceira com uma iniciativa do Vale do Rio Douro, em Portugal, com o objetivo de promover o turismo sustentável na região.
E, para Maiorca, ainda há esperanças. Há vários projetos que buscam mostrar e preservar as belezas naturais sem estimular o turismo de massa. Além disso, o governo espanhol proibiu a construção de hotéis em algumas áreas da ilha.

domingo, 6 de janeiro de 2013

CARTA DA TERRA - PRINCÍPIOS

COMEMORE O DIA DO MEIO AMBIENTE!!!!!

I. RESPEITAR E CUIDAR DA COMUNIDADE DE VIDA
espeitar a Terra e a vida em toda sua diversidade.
2. Cuidar da comunidade da vida com compreensão, compaixão e amor.
3. Construir sociedades democráticas que sejam justas, participativas, sustentáveis e pacíficas.
4. Assegurar a generosidade e a beleza da Terra para as atuais e às futuras gerações.
II. INTEGRIDADE ECOLÓGICA
5. Proteger e restaurar a integridade dos sistemas ecológicos da Terra, com especial atenção à diversidade biológica e aos processos naturais que sustentam a vida.
6. Prevenir o dano ao ambiente como o melhor método de proteção ambiental e, quando o conhecimento for limitado, assumir uma postura de precaução.
7. Adotar padrões de produção, consumo e reprodução que protejam as capacidades regenerativas da Terra, os direitos humanos e o bem-estar comunitário.
8. Avançar o estudo da sustentabilidade ecológica e promover o intercâmbio aberto e aplicação ampla do conhecimento adquirido.
III. JUSTIÇA SOCIAL E ECONÔMICA
9. Erradicar a pobreza como um imperativo ético, social e ambiental.
10. Garantir que as atividades e instituições econômicas em todos os níveis promovam o desenvolvimento humano de forma eqüitativa e sustentável.
11. Afirmar a igualdade e a eqüidade dos gêneros como pré-requisitos para o desenvolvimento sustentável e assegurar o acesso universal à educação, assistência de saúde e às oportunidades econômicas.
12. Defender, sem discriminação, os direitos de todas as pessoas a um ambiente natural e social capaz de assegurar a dignidade humana, a saúde corporal e o bem-estar espiritual, com especial atenção aos direitos dos povos indígenas e minorias.
IV. DEMOCRACIA, NÃO-VIOLÊNCIA E PAZ
13. Fortalecer as instituições democráticas em todos os níveis e prover transparência e responsabilização no exercício do governo, participação inclusiva na tomada de decisões e acesso à justiça.
14. Integrar, na educação formal e na aprendizagem ao longo da vida, os conhecimentos, valores e habilidades necessárias para um modo de vida sustentável.
15. Tratar todos os seres vivos com respeito e consideração.
16. Promover uma cultura de tolerância, não-violência e paz.

SOLUÇÕES INTELIGENTES - MURO DE PET

Amigos olha que legal!
Essa casa possui um muro que foi feito com 4500 garrafas pet . Ele é transparente e verde e combina com o ambiente cercado de natureza,um desenho perfeito! Podendo ser usado também em demarcações de terras na zona rural.



SOLUÇÕES INTELIGENTES - LIXEIRAS DE GARRAFAS PET

Lixeiras feitas de garrafas PET em design sustentável postagem da Ligados no Meio Ambiente


O Brasil na contramão da História

Por Rogerio Rocco


O Brasil protagonizou, nos anos 80, importante liderança mundial na formulação de políticas ambientais. Detentor de grandes reservas de água doce, das maiores florestas tropicais e de uma diversidade biológica sem igual, o país foi importante indutor de políticas definidas pelas Nações Unidas para a regulamentação do uso e da proteção do meio ambiente.

Destaque-se a aprovação dos instrumentos de gestão ambiental, como o licenciamento, em 1981. Cinco anos depois, avançou na exigência do EIA/Rima para atividades potencialmente causadoras de degradação ambiental.

E, em 1988, a Constituição consagrou os princípios da sustentabilidade, garantindo a todos um ambiente ecologicamente equilibrado.

A partir daí, foram muitos os avanços, com leis que instituíram as políticas nacionais de educação ambiental, recursos hídricos, unidades de conservação, biodiversidade, resíduos sólidos e outras.

Com o recrudescimento do desmatamento da Amazônia, em 1996, aumentou-se a proteção às florestas estabelecida pelo Código Florestal. E, em 1998, foi aprovada a Lei de Crimes Ambientais, que ampliou a tipificação de condutas consideradas ilícitas, assim como elevou para R$ 50 milhões o limite das multas aplicadas pelos órgãos ambientais.


Esse conjunto de medidas legislativas, somado às iniciativas de estruturação de órgãos ambientais, foi fundamental internamente.

Mas também serviu para mostrar ao mundo que o Brasil é capaz de administrar o seu patrimônio natural. E o país cresceu economicamente, ao contrário dos que insistem em afirmar que a proteção ambiental engessa a economia.

Porém, nos últimos anos o Brasil vem caminhando na direção da desregulamentação ambiental. E as conquistas que davam o rumo de uma economia social e ambientalmente sustentável invertem-se na contramão da História.

Em 2005, depois de regularizar por três anos, através de medida provisória, as safras ilícitas de soja transgênica, lei federal dispensou do licenciamento a produção dos organismos geneticamente modificados.

Recentemente, o Código Florestal foi desfigurado pelo Congresso Nacional — que agora discute a liberação de exploração mineral nos parques nacionais e reservas indígenas. E pela primeira vez foram excluídas áreas de unidades de conservação por medida provisória, para abrigar lagos de usinas hidrelétricas.

No Estado do Rio, o governo quer acabar com a exigência de EIA/Rima, deixando para o órgão ambiental decidir quando ele poderá ser cobrado. E no município do Rio, parques e outras áreas protegidas estão perdendo seus territórios para abrigar resorts, campos de golfe e outras obras olímpicas.

A desregulamentação ambiental é um arriscado atalho para a aceleração do crescimento — que se tornou uma obsessão nacional. Mas esse caminho não tem sido uma opção apenas de governos e parlamentos.

Ela espelha, acima de tudo, um comportamento apático e inerte da sociedade brasileira, que parece estar entorpecida com as benesses imediatas do capital, independentemente do que isso possa representar para as futuras gerações.



Rogerio Rocco é analista ambiental e mestre em Direito